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Dormir sem calcinha faz bem? Tire as dúvidas sobre higiene íntima

Pesquisa inédita aponta que as mulheres ainda têm dúvidas sobre as atitudes que garantem a higiene íntima.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 28 fev 2023, 17h14 - Publicado em 23 jan 2014, 22h00

Sabia que faz bem dormir sem calcinha? Se é mulher e não sabia, fique tranquila – a maioria das brasileiras também tem um monte de incertezas sobre esse e outros hábitos que resguardam a vagina. É o que revela uma pesquisa encomendada pelo laboratório Sanofi-Aventis à Conecta, empresa do grupo Ibope. Segundo o levantamento, ao qual SAÚDE teve acesso com exclusividade, 42% das entrevistadas nunca tiram a calcinha na hora de ir para a cama repousar. Uma enorme parte dessas mulheres, porém, disse que toparia pegar no sono livre da peça se soubesse que a atitude traz benefícios.

“Não é que dormir sem calcinha seja obrigatório, mas melhora a circulação e ajuda a arejar a área, além de diminuir corrimentos e o excesso de suor em quem sofre com esses problemas”, explica Paulo Novak, ginecologista da Universidade Federal de São Paulo. “Se a região ficar muito abafada, tende a ocorrer um acúmulo de secreções, o que desequilibra a flora vaginal”, completa. Daí, corre-se o risco de algum micro-organismo crescer além da conta e causar chateações. “A falta de arejamento favorece a proliferação de bactérias que não toleram oxigênio, justamente as responsáveis por boa parte dos problemas que acometem o sexo feminino na sua intimidade”, aponta o ginecologista Eliezer Berenstein, de São Paulo.

Sem tirar a calcinha

Agora, se a mulher acha desconfortável abrir mão da lingerie, sem crise. Basta priorizar uma peça de tecidos porosos. O sempre citado algodão? Pode até ser. “À noite, uma calcinha bem folgada de renda traz mais vantagens do que uma apertada de algodão”, pondera o ginecologista Paulo Giraldo, da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo. O pijama é outro item importante. “Vestir camisolas ou calças e shorts amplos é até mais importante do que usar ou não calcinha”, opina, ainda, Giraldo. Em relação aos protetores diários – absorventes usados fora do período menstrual -, não há conversa. São contraindicados porque dificultam a circulação de ar nas partes baixas.

Sabonete íntimo

Apesar das dúvidas a respeito de abolir a calcinha à noite, a higienização pré-descanso é um hábito adotado por quase todas as entrevistadas: 84% delas tomam banho antes de apoiar a cabeça no travesseiro, algo muito recomendado pelos especialistas. Das que não entram no chuveiro, boa parcela recorre a duchas com sabonetes íntimos, o que nos leva a outra questão que gera bafafá: produtos específicos para essa parte do corpo precisam ser usados por toda mulher?

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“Além de terem o pH semelhante ao da vagina da mulher, os sabonetes íntimos apresentam pouca detergência. Por isso, tiram a gordura na medida certa, evitando ressecamento da mucosa”, defende Giraldo. O pH é crucial nessa história porque regula a flora vaginal, aquele universo de micro-organismos que moram na região. “Ali convivem fungos e bactérias, todos em níveis equilibrados. O problema começa quando um deles passa a sobressair”, avisa Novak. Aí, sim, as mais diversas encrencas costumam dar as caras. “Candidíase e até gonorreia podem aparecer mesmo sem ter ocorrido uma relação sexual desprotegida”, alerta Berenstein.

Os produtos para higiene íntima levam ainda a vantagem de normalmente não contarem com substâncias alergênicas e serem fluidos – o que diminui o risco de contaminação em comparação aos sabonetes em barra. Mas, calma lá, não há por que excluir do box o sabão comum. “Se a mulher está acostumada com ele e não possui condições que podem ser agravadas por causa de sua utilização, não tem motivo para trocar”, diz Novak. Para manter a vagina saudável, um banho diário é suficiente, exceto nos dias agitados que provocam transpiração demais.

Sem paranoia

Bem, tão fundamental quanto tomar banho antes de dormir ou tirar a calcinha à noite é se despir de neuras. “A mulher quer a roupa íntima seca o tempo todo, mas é normal aparecer alguma secreção. Ela só preocupa quando tiver cheiro e coloração fortes”, orienta Novak. Chuveirada depois do sexo e passar calcinha a ferro para esterilizar também são atitudes dispensáveis – só garanta que a peça esteja bem seca para limar o crescimento de fungos nocivos. Em certas fases, porém, aconselham-se cuidados redobrados. “No período menstrual e na amamentação, por exemplo, a umidade aumenta e a vulva fica sensível. Logo, a limpeza precisa ser mais frequente”, explica Giraldo. Todas as regras de higiene íntima são, como se vê, cheias de exceções. Por isso, vale conversar com o ginecologista para tirar as interrogações da cabeça e passar os dias mais solta.

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