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Dengue tipo 2: São Paulo entra em estado de alerta. E agora?

O sorotipo 2 do vírus está se espalhando pelo estado de SP e pode aumentar o risco de casos graves de dengue. Saiba o que fazer

Por Camila Maciel (Agência Brasil)
Atualizado em 26 fev 2019, 14h57 - Publicado em 29 jan 2019, 13h44

A circulação do sorotipo 2 da dengue em 19 cidades foi detectado em São Paulo e colocou o estado em alerta. Desde 2016, apenas o sorotipo 1 trafegava nos municípios paulistas. Pessoas infectadas por subtipos diferentes em um período de seis meses a três anos podem ter uma evolução para formas mais grave da doença.

De acordo com o governo do estado, foram contabilizados 610 casos de dengue até o dia 15 de janeiro. Em 2018, foram 888 episódios ao longo do mês inteiro.

“Apesar de não ser ainda a maioria dos casos, a dengue tipo 2 está circulando já de maneira mais consistente nos municípios da região de Araçatuba, São José do Rio Preto e um pouco em Ribeirão Preto”, disse o infectologista Marcos Boulos, coordenador de Controle de Doenças da Secretaria Estadual de Saúde.

Dos 645 municípios paulistas, o sorotipo 2 foi detectado em Andradina, Araraquara, Barretos, Bauru, Bebedouro, Catanduva, Espírito Santo do Pinhal, Indiaporã, Ipiguá, Itajobi, Mirassol, Pereira Barreto, Piracicaba, Pirangi, Ribeirão Preto, Santo Antônio de Posse, São José do Rio Preto, Uchoa e Vista Alegre do Alto.

Boulos afirmou também que a dengue tipo 2 não é “especialmente pior”. O risco está relacionado, na verdade, à superposição de vírus (ou à segunda infecção). “Estava circulando o tipo 1 até agora, e quando aparece um novo sorotipo do vírus, pode ser 2, 3 ou 4, aí pode ter uma evolução mais grave entre quem já teve dengue 1”, explicou.

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O infectologista esclareceu que não é mais utilizada a nomenclatura dengue hemorrágica, pois nem todos os casos críticos de dengue evoluem com hemorragia.

Segundo Boulos, as equipes de saúde das cidades em que a circulação do tipo 2 foi identificada estão sendo orientadas a dar uma assistência mais cuidadosa aos pacientes com suspeita da doença. “No ano passado, quando só circulava o tipo 1, se o paciente estava bem, se tomava líquido pela boca, nós mandávamos para casa e, se tivesse alguma coisa, ele voltaria”, introduziu. ” Hoje, para liberá-lo, eu preciso de convicção. Talvez deixá-lo mais tempo no hospital para acompanhar a evolução seja bom”, explicou.

O infectologista contou que não há uma explicação para o início da disseminação do novo sorotipo. “É aleatório. Esses vírus circulam no mundo todo. Quando há a presença do Aedes aegypti, que é o nosso caso, se vem uma pessoa que está com dengue 2 ou 3 e é picada pelo vetor, pode replicar esse vírus”, salientou.

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A melhor forma de prevenção, portanto, independentemente do sorotipo, é evitar a proliferação do mosquito.

De acordo com Boulos, há quatro sorotipos de dengue, sendo que três circulam no Brasil. Em São Paulo, circulam o 1 e o 2. “Houve uma detecção do tipo 3 agora na região de Araçatuba, mas é um caso só. Se for causar problema, é daqui 2 ou 3 anos, agora não”, concluiu.

Este conteúdo foi produzido pela Agência Brasil.

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