De cada 3 novos remédios nos EUA, 1 tem problema de segurança
Estudo analisou drogas lançadas ao longo de dez anos e constatou que uma parte significativa apresentou efeitos colaterais consideráveis após a aprovação
A descoberta é de pesquisadores do Brigham & Women’s Hospital, que avaliaram a trajetória de 222 novos medicamentos aprovados pela Food & Drug Administration (FDA, a agência do governo americano que regula alimentos e medicamentos) entre os anos de 2001 e 2010 – e acabam de publicar as conclusões no periódico científico JAMA.
Segundo eles, 32% dessas drogas (71, para ser mais exato) tiveram algum “evento relacionado à segurança” após serem lançadas. Isso inclui casos em que o remédio foi tirado do mercado, teve de incluir uma advertência em sua caixa, ou a FDA divulgou alguma nota alertando sobre riscos ligados àquela substância.
Dos 222 medicamentos analisados, 61 tiveram de incluir avisos na embalagem – a lista inclui antidepressivos e remédios contra doenças autoimunes. No período analisado, apenas três drogas foram banidas.
Para os autores do estudo, isso não significa que os procedimentos de avaliação da FDA sejam falhos. Segundo eles, a abundância de avisos e correções indica que a agência continua atenta aos remédios depois que eles chegam ao mercado.
Este conteúdo foi publicado originalmente na Superinteressante.com