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Coronavírus: novos dados sobre grupos de risco

Idosos e portadores de doenças crônicas (diabetes, hipertensão, asma) são mais suscetíveis a complicações do novo coronavírus, como mostra uma pesquisa

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 18 ago 2020, 10h47 - Publicado em 31 mar 2020, 17h52

Portadores de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, asma e indivíduos acima de 60 anos são os mais propensos a ter complicações e morrer de Covid-19. Pois um estudo recém-publicado no British Medical Journal (BMJ) traz novos dados sobre os tais grupos de risco do novo coronavírus, também chamado de Sars-Cov-2.

Os pesquisadores avaliaram 113 pessoas que morreram e outras 161 que se recuperaram da infecção na cidade de Wuhan, na China, onde a epidemia foi deflagrada. A idade média dos que vieram a óbito era de 68 anos, contra 51 nos curados.

Um fator de risco que chama a atenção é a hipertensão arterial, uma das comorbidades mais associadas às complicações fatais da Covid-19 até agora. Na pesquisa publicada no BMJ, 48% dos falecidos tinha pressão alta, ante 24% dos que se recuperaram — o dobro, portanto.

Entre os que morreram, 21% possuíam diabetes — esse número caiu para 14% entre os que ficaram bem. E 14% dos falecidos por causa do coronavírus sofriam com outras doenças cardiovasculares.

Provavelmente, os idosos estão mais suscetíveis às complicações do Sars-Cov-2 por causa de alterações no sistema imunológico naturais da idade. No caso dos males cardíacos, a circulação prejudicada e a debilidade dos pulmões parecem favorecer a agressividade da infecção.

Já o diabetes, principalmente o tipo 2, é um fator de risco para o agravamento de diversas infecções. Isso porque prejudica as defesas do organismo contra vírus, bactérias e afins.

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Outros grupos de risco para o coronavírus

Embora não sejam abordados em profundidade no artigo citado acima, outros problemas são relacionados a complicações em decorrência do Sars-Cov-2. Asma, enfermidades hematológicas, doença renal crônica, imunodepressão (provocada pelo tratamento de condições autoimunes, como o lúpus, ou câncer) e obesidade também estão ligadas às mortes.

Para as doenças que atacam os pulmões, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a relação é clara. Estamos falando de transtornos que já atrapalham a respiração. Nesse cenário, há acúmulo de secreção pulmonar e aumento da sensação de falta de ar.

Portadores da doença renal crônica também são incluídos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como membros do grupo de risco da Covid-19. Isso porque os rins são responsáveis pela filtragem do sangue e participam da resposta imunológica frente à uma ameaça viral. Fora que a lesão desses órgãos geralmente vem de outras doenças crônicas associadas a sintomas graves da infecção, como hipertensão e diabetes.

Como os grupos de risco podem evitar coronavírus

Antes de tudo, redobre os cuidados com a prevenção. Os mais recomendados são:

  • Manter o isolamento social (evitando as saídas na rua)
  • Lavar as mãos com frequência por pelo menos 20 segundos
  • Evitar qualquer contato com pessoas que manifestam sintomas parecidos com os da gripe

Manter uma rotina de atividades físicas, boa alimentação, hidratação e sono é importante para reforçar as defesas. Por último, idosos e portadores de boa parte das doenças mencionadas fazem parte do público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, que já começou. Há datas específicas para cada grupo.

Apesar de não ter efeito contra o coronavírus em si, a injeção ajuda a proteger o sistema respiratório de uma sobrecarga provocada pelo vírus influenza, que agravaria quadros de Covid-19.

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