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Coronavírus e gripe: quais as diferenças e semelhanças?

Além dos sintomas, outras características do novo coronavírus se assemelham ao influenza – mas há muitas diferenças também. Saiba quais são elas

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 12 abr 2021, 14h55 - Publicado em 23 mar 2020, 16h02

Você já deve ter ouvido falar que os sintomas iniciais da infecção pelo novo coronavírus (chamado de Sars-Cov-2) são muito parecidos com os da gripea SAÚDE até fez um texto sobre o assunto. Mas você sabe quais são as diferenças e similaridades entre outros fatores das doenças (formas de transmissão, letalidade, tratamento…)?

Veja, abaixo, as particularidades de cada uma:

A família dos vírus da gripe e da Covid-19

A gripe é provocada pelo vírus influenza. Ele pode ser dos tipos A ou B, que são divididos em subtipos. O H1N1 é do tipo A, enquanto o Yamagata, do tipo B.

Já o agente por trás da Covid-19 faz parte da família dos coronavírus. Seus integrantes podem provocar de um simples resfriado até enfermidades como Sars e Mers, que provocaram muitas mortes no passado.

Como é a transmissão

Ambos se espalham por gotículas de saliva ou muco de infectados, principalmente através de tosse e espirros — ou ao passar a mão contaminada em olhos, nariz e boca. A diferença aqui é a capacidade de contágio.

Começamos pelo fato de que os períodos de incubação não são iguais. Enquanto a nova doença viral leva até 14 dias para começar a gerar sintomas (embora a média fique em torno de cinco dias), a gripe se manifesta após mais ou menos quatro dias depois da infecção. Em ambos os casos, pacientes assintomáticos são capazes de disseminar a enfermidade.

O novo coronavírus é considerado mais contagioso. Os estudos ainda não são categóricos, mas se estima que a taxa básica de reprodução (ou R0, como dizem os especialistas) varie entre 2 e 3, segundo a Organização Mundial da Saúde. Isso significa que cada portador passa a doença, em média, para outros dois ou três sujeitos. No entanto, pesquisas chegaram a atribuir um R0 de aproximadamente 6 para o Sars-Cov-2. De qualquer jeito, a quantidade é superior à do influenza, que fica em 1,2.

Quais são os grupos de risco

Os mais vulneráveis à gripe são crianças, grávidas, idosos, portadores de doenças crônicas e imunossuprimidos. A população de risco do coronavírus compreende os últimos três grupos citados, porém os pequenos parecem sofrer menos com o problema (embora possam transmiti-lo).

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Qual é a taxa de letalidade

A mortalidade relacionada à Covid-19 parece ser maior. Até o momento, tivemos 214 mil casos confirmados e mais de 8 mil mortes no mundo. A taxa de letalidade fica em torno de 3 a 4%. O influenza, por outro lado, leva menos de 0,1% a óbito.

Mas há ponderações a serem feitas. A primeira é que a letalidade do Sars-Cov-2 varia de acordo com o local. E a segunda é que esse dado depende do acesso e da qualidade dos cuidados de saúde.

Vamos usar a própria China, onde o surto começou, como exemplo. Controlada a situação com quarentena e construção de hospitais temporários, o pico da epidemia passou e a taxa de mortalidade por paciente diminuiu – pelo menos por enquanto.

Vale lembrar que a gripe, para a qual temos medicamento, é estudada há mais tempo pelos cientistas. E isso também baixa a letalidade.

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Coronavírus tem cura? E a gripe?

Sim, e sim. Com o tempo, o próprio corpo produz anticorpos que eliminam os agentes infecciosos. O problema é que as duas encrencas podem trazer complicações para o aparelho respiratório, especialmente nos grupos de risco. Por isso é tão importante tratar desde o início e, mais do que isso, prevenir.

Como é o tratamento

Muitas vezes, indivíduos gripados tratam apenas os sintomas com medicamentos analgésicos e antitérmicos. Para as situações mais graves, há um antiviral que minimiza as complicações: o Tamiflu (oseltamivir).

Não existem remédios nem terapia para a Covid-19 por enquanto. O que se faz hoje é cuidar dos sintomas nos quadros leves e, nos críticos, hospitalizar.

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Possíveis remédios já disponíveis para outras doenças estão sendo estudados para tratar o novo coronavírus. No entanto, nenhum tem comprovação de eficácia, segurança e dosagem. Ir nas farmácias atrás deles nesse momento só serve para acabar com estoques importantes para pessoas com outros problemas, que comprovadamente se beneficiam deles.

Como se prevenir

A prevenção é parecida: lavar as mãos com água e sabão frequentemente, usar álcool gel e manter distância principalmente de quem apresenta tosse, coriza, febre e outros sintomas respiratórios. Para proteger as pessoas ao redor, cubra o rosto com o braço ou um lenço descartável ao espirrar e tossir.

Diante da pandemia atual, medidas de distanciamento social vêm sendo adotadas no mundo para frear o ritmo de novos casos do coronavírus, o que ajuda os hospitais a lidar com a demanda extra.

Para o influenza, também temos uma vacina. Aliás, a campanha de 2020 começou no dia 23 de março.

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Ah, e mesmo que o imunizante não evite o novo coronavírus, é crucial que o público-alvo o tome. Dessa forma, você fortalece o organismo para que ele não se sobrecarregue ao eventualmente contrair as duas enfermidades.

Além disso, a vacinação facilita o diagnóstico da Covid-19. Ora, se um indivíduo recebeu a injeção e depois apresentar sintomas respiratórios, há uma chance maior de ser o novo coronavírus, e menor de gripe.

FONTE: Organização Mundial da Saúde (OMS).

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