Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Como a febre reumática prejudica o coração

Essa doença tem diagnóstico fácil e um tratamento barato. Mesmo assim, continua a atormentar muitos corações por aí

Por André Biernath
Atualizado em 1 mar 2023, 11h22 - Publicado em 6 nov 2019, 10h02

Imagine ter uma simples dor de garganta causada por uma bactéria que, décadas depois, volta a assombrar na forma de uma doença autoimune, com ataques em vários cantos do corpo. Pois esse é o retrato da febre reumática, enfermidade que não costuma dar sinais de sua presença.

“Alguns pacientes só descobrem a condição 60 anos depois, quando estão com um problema grave nas válvulas cardíacas ou sofrem um AVC”, descreve o cardiologista Guilherme Spina, do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo.

Para agravar a situação, o quadro é pouco conhecido pela própria comunidade médica — não se sabe, por exemplo, o número de pacientes atingidos no Brasil, o que dificulta a tomada de decisões e a criação de políticas públicas para combatê-lo.

Saiba mais sobre a febre reumática

O que é: a bactéria Streptococcus pyogenes infecta a garganta e, em algumas pessoas, leva a uma reação exagerada do sistema imune.

Continua após a publicidade

Sintomas: após a crise na garganta, a doença fica quieta por anos. Depois, se manifesta no coração, nas articulações ou no cérebro.

Diagnóstico: nas complicações cardíacas, uma auscultação do peito pelo médico já indica que há algo errado. Depois é preciso fazer um ecocardiograma.

Tratamento: o ideal é curar a amigdalite e impedir a evolução para o distúrbio autoimune. Uma dose injetável de antibiótico já basta.

Continua após a publicidade

O dilema da penicilina

Diante de uma dor de garganta, uma injeção desse antibiótico (a popular benzetacil) é a terapia mais barata e efetiva para cortar o mal pela raiz. Como ela é baratíssima, muitas farmacêuticas desistiram de fabricá-la. Isso faz com que o Brasil viva hoje um desabastecimento crônico desse remédio.

Promessa para o futuro

O InCor desenvolveu uma vacina capaz de barrar o Streptococcus pyogenes, micro-organismo que desencadeia a complicação. O imunizante já passou pelos estudos com animais e, agora, será submetido a uma bateria de testes em seres humanos para ver se funciona mesmo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.