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Combo de remédios contra câncer de pele agressivo chega ao Brasil

A união de dois medicamentos modernos contra o melanoma — o tumor de pele mais mortal — aumenta a sobrevida e melhora o bem-estar. Conheça:

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 19 dez 2016, 11h25 - Publicado em 13 dez 2016, 18h41

Embora mais raro do que outros tipos de câncer de pele, o melanoma é o que mais preocupa os oncologistas por sua agressividade. Quando não diagnosticado precocemente, a taxa de sobrevivência após cinco anos não supera os 20%.

A boa nova é que, recentemente, uma série de novas drogas vêm sendo testadas com sucesso contra essa doença. E, agora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso conjunto de duas delas — o trametinibe e o dabrafenibe, da farmacêutica Novartis.

O combo atua em uma mutação do tumor chamada de BRAF V600, presente em metade dos casos. Ao mirar esse alvo, ele retarda o progresso do mal sem lesar tanto o resto do organismo, como acontece com a quimioterapia. Atualmente, a dupla terapêutica foi liberada para tratar pacientes com melanoma que já se espalhou pelo corpo ou que não pode ser removido por meio de cirurgia (e que apresentam aquela alteração genética, claro).

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A aprovação em território nacional decorre de dois estudos realizados por instituições de vários países. Eles mostraram que o trametinibe e o dabrafenibe, juntos, elevaram a sobrevida global em dois anos de 38 para 51% — isso em comparação com o uso de um único fármaco chamado vemurafenibe. Enquanto metade dos pacientes que receberam a terapia isolada viveram 18 meses após o início do protocolo, no grupo que recebeu a combinação esse tempo subiu para 25,6 meses.

Além disso, parece que mais gente responde ao tratamento: 65,6% dos pacientes viram seu câncer ser controlado de alguma forma com o emprego de trametinibe e dabrafenibe. Esse índice é de 52,8% para o vemurafenibe sozinho.

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O melanoma

São cerca de 6 mil novos casos de melanoma por ano no Brasil — 200 mil no mundo todo. Ele é bem menos incidente do que outros tumores de pele, que, juntos, afetam cerca de 175 mil brasileiros. Apesar de não necessariamente estar relacionado ao sol, essa versão mais agressiva pode, sim, ser provocada por excesso de exposição aos raios ultravioleta.

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Uso em outros tumores?

Os cientistas já estão investigando essa dose dupla de remédios em outros tipos de câncer. Mas é importante dizer que não há nada firmado no momento. Mas cabe ressaltar que, nos últimos anos, vem acontecendo uma revolução no tratamento contra o câncer. Vamos esperar que ela traga mais anos e qualidade de vida aos pacientes.

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