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Chega ao Brasil novo tratamento contra câncer de mama avançado

O remédio, da Pfizer, conseguiu frear o avanço de tumores de mama mesmo em casos avançados

Por Da Redação
Atualizado em 1 out 2018, 10h45 - Publicado em 21 fev 2018, 17h26

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a comercialização de mais um tratamento contra o câncer de mama no Brasil. Trata-se do palbociclibe, da farmacêutica Pfizer, que é voltado especificamente para os casos avançados, em que a doença já acometeu boa parte da região ou mesmo se espalhou para outros cantos do corpo.

São basicamente duas indicações para essa droga. A primeira envolve mulheres na pós-menopausa com tumores nos seios que são estimulados pelo hormônio feminino estrogênio, mas que não possuem relação com gene HER-2. Essas particularidades podem parecer um pouco complicadas, mas fique sabendo que tal perfil responde por mais ou menos 60% dos casos de câncer de mama.

Nessa situação, o palbociclibe entra em cena como primeiro tratamento de escolha em conjunto com o letrozol, um tipo de hormonioterapia que inibe a ação do estrogênio nas células cancerosas. Isso, como já dissemos, quando o tumor invadiu outros órgãos.

De acordo com os estudos que garantiram a comercialização, o palbociclibe e a hormonioterapia, juntos, foram capazes de frear a progressão do câncer, em média, por 25 meses. Já quando aplicada em associação com uma pílula sem qualquer efeito real, a terapia hormonal garantiu não mais do que 14 meses de sobrevida livre de progressão da doença.

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Mas há ainda outro cenário em que o fármaco da Pfizer pode ser prescrito. Estamos falando de adultas em qualquer faixa etária nas quais aquele tipo de câncer de mama tenha avançado mesmo após o uso de alguma hormonioterapia isolada. Aí, ela entra como uma segunda linha de tratamento, em conjunto com outra substância – o fulvestranto.

Vale destacar que não estamos falando necessariamente de mais tempo de vida. As pesquisas mostram, acima de tudo, que a paciente que recebe o palbociclibe permanece um maior período com sua doença controlada – o que já é uma ótima vantagem principalmente em termos de qualidade de vida.

Como funciona o novo remédio

Em resumo, ele inibe a ação de moléculas que incitam a proliferação do câncer de mama e, de certa forma, impede que a doença desenvolva uma resistência contra a hormonioterapia. É por isso que os oncologistas prescreverão as duas estratégias em conjunto.

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Por atuar de maneira mais seletiva, o palbociclibe oferece menos reações adversas do que as sessões tradicionais de quimioterapia. E pode ser administrado oralmente – sem a necessidade de infusões.

Quem vai ter acesso

No momento, o valor do palbociclibe ainda precisa ser discutido com as agências reguladoras nacionais. Mas é certo que, em um primeiro momento, ele sequer fará parte da cobertura obrigatória dos planos de saúde. No setor público, uma eventual incorporação deve demorar.

O remédio já está disponível desde 2015 nos Estados Unidos. E, na União Europeia, foi aprovado em 2016.

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Cabe destacar, no entanto, que há mais possíveis tratamentos para outros subtipos da doença, em diferentes estágios. Quando o tumor é detectado em seus primeiros passos, a chance de cura é mais alta e envolve métodos mais conhecidos, como a cirurgia.

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