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Apneia do sono: o que é, como tratar e como prevenir

Ela ficou famosa por provocar roncos, mas faz muito mais do que isso. Das causas aos sintomas, conheça esse problema e os aparelhos que o combatem

Por Goretti Tenorio e Chloé Pinheiro
Atualizado em 24 jan 2020, 19h00 - Publicado em 17 mar 2017, 17h38

A apneia do sono é caracterizada por ruídos e interrupções na respiração que se repetem, no mínimo, cinco vezes num período de 60 minutos. Não se trata de um simples ronco. Na apneia, a barulheira noturna é entrecortada por engasgos — e o duro é que muitas vezes o indivíduo nem os percebe enquanto dorme. Essas pequenas pausas na entrada de ar chegam a diminuir a concentração de oxigênio no sangue.

É daí que derivam as consequências mais sérias do distúrbio. A redução de oxigênio superativa o sistema nervoso, que eleva o ritmo dos batimentos cardíacos e estimula a contração dos vasos sanguíneos. E, com o tempo, isso se perpetua ao longo do dia. Daí o fato de a apneia do sono ser considerado um fator de risco para pressão alta e arritmia cardíaca.

Além disso, o quadro favorece o acúmulo de gordura abdominal e a resistência à insulina (hormônio que permite à glicose entrar nas células e gerar energia), condições que contribuem para o surgimento do diabete tipo 2.

A apneia obstrutiva do sono é a versão mais comum da doença. Nesses casos, o ar para de fluir para as vias aéreas em função de um bloqueio temporário causado pelo relaxamento dos músculos da garganta — questões anatômicas interferem aqui. Em crianças, o problema pode estar relacionado ao aumento das adenoides, glândulas localizadas no nariz, ou das amígdalas, estruturas que ficam na entrada da faringe. A apneia central do sono, por sua vez, é um tipo mais raro, ocasionado por uma alteração na região do cérebro que controla a respiração.

Sinais e sintomas

– Ronco
– Respiração ofegante
– Sensação de sufocamento ao dormir
– Sono agitado
– Sonolência ao longo do dia
– Dificuldade de concentração
Dor de cabeça matinal

 

Fatores de risco

Excesso de peso
– Maxilar inferior encurtado, o que empurra a língua muito para trás, tapando a garganta
– Tabagismo
– Álcool em excesso
– Uso exagerado ou equivocado de sedativos
– Aumento das amígdalas e adenoides
– Dormir de barriga para cima
Tumores

A prevenção

Como o excesso de peso é um dos principais desencadeadores da apneia, um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e exercício físico, é essencial para se ver livre do problema.

Os fumantes devem fazer um esforço extra e deixar o cigarro de lado, uma vez que o hábito costuma agravar bastante a condição. Recomenda-se também maneirar nas doses de bebida alcóolica, que em excesso interfere no ciclo do sono e no relaxamento da musculature da garganta e se transforma em gatilho para o distúrbio.

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O diagnóstico

O relato de sono agitado e ruidoso é o ponto de partida para a detecção da apneia — e, nesse sentido, a avaliação do parceiro (ou parceira) é muito bem-vinda. A confirmação e a análise da gravidade do distúrbio são feitas por meio de um exame chamado polissonografia.

Ele é realizado em um laboratório do sono de um hospital ou clínica especializada. O paciente passa a noite ligado a um aparelho que registra parâmetros como os batimentos cardíacos, a atividade cerebral, o movimento dos olhos, a respiração e o nível de oxigênio no sangue.

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Também é possível fazer esse monitoramento com um dispositivo portátil, do tamanho de um relógio, que fica preso ao pulso e em dois dedos da mão. Colocado na hora de dormir, ele assinala as condições de sono. Depois, o aparelho é levado para o médico, que analisa os resultados na tela do computador.

O tratamento

Conhecer a origem do distúrbio é fundamental para o especialista determinar as medidas de controle. Se a pessoa for obesa, a recomendação inicial é a perda de peso, associada a exercícios fonoaudiológicos para tonificar os músculos da garganta.

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Apneias mais leves, em geral provocadas pelo hábito de respirar pela boca, costumam ser tratadas com dilatadores de narinas.
Para quem tem mandíbula curta, aparelhos ortodônticos feitos sob medida projetam a ossatura ou abaixam a língua, facilitando a passagem de ar.

Uma das formas mais eficazes para resolver as pausas na respiração durante o sono é o uso de um mecanismo chamado CPAP — sigla para pressão positiva contínua nas vias aéreas, em inglês. Como o nome sugere, trata-se de uma máscara que cobre o nariz e a boca e joga o ar para as vias respiratórias. O CPAP é considerado o padrão-ouro no tratamento da apneia do sono. Quando a razão do problema é uma incorreção anatômica — na arquitetura da face ou nas amígdalas, por exemplo — indicam-se cirurgias.

Ficou com algúma dúvida? Então confira o SAÚDE em 90 Segundos que fizemos sobre a apneia do sono:

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