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Amigdalite: quando tem que operar

Há um aumento no número de cirurgias para retirada das amígdalas no verão, mas nem todo mundo com uma inflamação ali precisa se submeter ao procedimento

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 8 Maio 2023, 18h46 - Publicado em 5 dez 2017, 14h49

Antes de falarmos na cirurgia contra a amigdalite, vale dizer que as amígdalas, localizadas no fundo da boca, têm sua função. “Elas são receptoras de germes e auxiliam na proteção contra eles quando o sistema imune ainda está se desenvolvendo”, explica Fausto Nakandakari, otorrinolaringologista do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Justamente por isso, não é raro que essas estruturas infeccionem e inchem – é a tal amigdalite. Geralmente o problema dá as caras a partir de uma bactéria ou vírus que já está provocando uma gripe ou resfriado. Daí porque o paciente também reclama de febre, dores no corpo e por aí vai.

Mais comum nas crianças até por causa daquela imaturidade das defesas, o quadro é tratado com remédios que combatem o micro-organismo propagador do incêndio. E é quando o fogo se alastra com frequência que surge a indicação de cortar o mal pela raiz com a cirurgia.

Outra situação que leva ao procedimento envolve um crescimento anormal das amígdalas. Esse chabu provoca desconforto para respirar, o que chega a comprometer o desenvolvimento da criança. “Isso acontece graças às infecções recorrentes e também por propensão genética”, aponta Cícero Matsuyama, otorrinolaringologista do Hospital Cema, em São Paulo, onde o número de procedimentos sobe 30% no verão.

Como assim? É que, como a cirurgia exige recuperação à base de sorvetes e bebidas geladas, além de dez dias de repouso, as férias escolares são consideradas um momento propício para operar.

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Mas, se essas glândulas são parte do sistema de defesa, não farão falta? “Não. Elas são apenas uma dentre muitas estruturas que protegem as vias aéreas superiores”, conta Matsuyama.

Ah, e os problemas na região não são exclusivos dos pequenos. “Há um segundo ciclo de piora da amigdalite no final da adolescência e começo da vida adulta”, destaca o médico.

Para confirmar se é caso de cirurgia

Não há um exame laboratorial que bata o martelo. “É preciso pelo menos três infecções ao ano. Só que não avaliamos apenas a quantidade, como também a intensidade das ocorrências”, diferencia Matsuyama. E a operação é sempre a última opção, utilizada quando os tratamentos não-invasivos já falharam.

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Se a questão é o tamanho, o médico analisa quanto a glândula aumentada está atrapalhando o cotidiano. Grande demais, ela obstrui as vias aéreas e causa ronco, apneia do sono ou dificuldades para respirar – são esses, aliás, os principais sintomas do problema.

Aí a cirurgia provavelmente terá que ser feita, mesmo que as amígdalas diminuam depois, o que tende a acontecer conforme a criança cresce. Isso porque, como já dissemos, o quadro prejudica o desenvolvimento infantil. “Há repercussões negativas na formação do céu da boca e os dentes acabam ficando tortos”, aponta Nakandakari.

Como é feita a cirurgia

Não tem segredo. Uma espécie de pinça é inserida pela própria boca e retira as amígdalas em um procedimento que dura de 30 e 90 minutos. A operação é de baixo risco e, na maioria das vezes, o indivíduo tem alta no mesmo dia. Em casa, bastam dez dias de molho para que a cicatrização ocorra e muito sorvete para aliviar dores e acelerar a recuperação do tecido. Viu?! Até mesmo a cirurgia tem seu lado positivo…

E as adenoides?

Talvez você já tenha ouvido esse nome. Pois bem: as adenoides são espécies de amígdalas localizadas atrás do nariz. Como suas primas, elas também possuem a função de frear a invasão de agentes infecciosos – e podem ser removidas com uma cirurgia muito parecida.

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