Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

A primeira droga contra um tipo agressivo de esclerose múltipla

Uma esperança para os pacientes que, até então, não tinham opções para barrar a paralisia física e a degeneração cognitiva causadas pela doença

Por Pâmela Carbonari (da Superinteressante)
Atualizado em 30 ago 2018, 10h09 - Publicado em 5 abr 2017, 19h11

Uma boa notícia para quem sofre de esclerose múltipla: a agência americana de saúde (FDA) aprovou o uso da substância ocrelizumabe para tratar duas versões da doença, a remitente recorrente e a primária progressiva. Esta é a primeira droga aprovada para tratar a forma progressiva do problema, que é mais rara e agressiva – ela ajuda a barrar a paralisia física e a degeneração cognitiva causada pela inflamação crônica.

A aprovação se baseou em três pesquisas publicadas recentemente no periódico científico New England Journal of Medicine. O ocrelizumabe obteve os resultados mais notáveis em testes com pacientes com esclerose múltipla recorrente: reduziu as atividades dos marcadores da doença e barrou a progressão da inflamação com poucos efeitos colaterais.

Apesar de as pessoas com esse tipo de esclerose terem algumas opções de terapia, muitas das drogas mais eficazes contra a doença demonstram efeitos colaterais significativos. Já nos portadores que apresentam a forma mais grave, a esclerose primária progressiva, a droga diminuiu moderadamente a degeneração.

O ocrelizumabe funciona como um anticorpo que será injetado nos pacientes a cada seis meses para barrar uma classe de células imunológicas, conhecidas como células B. Quando essas células estão funcionando normalmente, ajudam o corpo a combater infecções. Quando estão desajustadas, porém, contribuem para danificar o sistema nervoso central, desempenhando um importante papel para a progressão da esclerose.

Continua após a publicidade

A substância estará disponível no mercado americano em duas semanas e será vendida pelo Genentech, um braço do laboratório farmacêutico Roche. “Eu vejo isso como um grande passo. A magnitude dos benefícios que percebemos com o ocrelizumab em todas as formas de escleroses são realmente impressionantes”, afirma Stephen Hauser, presidente do departamento de neurologia da Universidade da Califórnia e líder do comitê que supervisionou os testes de aprovação.

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica que acomete o sistema imunológico. Acontece quando as células de defesa do organismo atacam o sistema nervoso central, provocando dificuldades motoras e sensoriais. Apesar de estar sendo estudada em vários países, as causas da esclerose ainda não são conhecidas. Mas, a partir de análises quantitativas de pacientes, sabe-se que é mais recorrente em mulheres jovens, entre 20 e 40 anos, e de pele branca.

A esclerose múltipla ainda não tem cura e os principais sintomas são fraqueza muscular, dores nas articulações, alterações na coordenação motora, depressão e disfunções na bexiga e no intestino. A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) estima que 35 mil brasileiros convivam com a doença.

Este conteúdo foi publicado originalmente em Superinteressante.com

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.