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Para que a lipo não seja em vão

Essa cirurgia plástica, por si só, apenas transfere a gordura de uma região do corpo para outra, onde se torna mais perigosa. Mas há saídas

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 17 jul 2018, 15h40 - Publicado em 24 fev 2015, 09h08

Esculpir nunca esteve tão na moda por aqui. Com bisturis e equipamentos de última geração, médicos vêm modelando o corpo de mais e mais brasileiros. A lipoaspiração está entre os procedimentos mais populares em território nacional. O fascínio pela chamada lipectomia reside no fato de que, com pequenas incisões, é possível retirar uma parcela da gordura subcutânea e, assim, definir as curvas do corpo.

Agora, e se um entalhe aparentemente perfeito fizesse a escultura ruir algum tempo depois? Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) traz informações sobre consequências nocivas da lipo. Em sua tese de doutorado, a educadora física Fabiana Braga Benatti recrutou 36 mulheres que tiveram os excessos do abdômen sugados. Após aproximadamente 60 dias, metade das voluntárias começou a se exercitar, enquanto a outra permaneceu inativa. Conclusão: as sedentárias, seis meses depois de investir na operação, haviam reconquistado boa parte da gordura perdida.

Adeus ao sedentarismo

A promessa de conquistar uma barriga definida sem sair do sofá nem cuidar da alimentação sempre atrai as pessoas. Infelizmente, os especialistas são unânimes em afirmar que nem a lipo nem qualquer outro método têm a capacidade de criar tamanha obra de arte na ausência de hábitos saudáveis. Não por acaso, as mulheres examinadas na pesquisa da USP que passaram a malhar depois de entrar na faca não voltaram a ganhar gordura corporal. Pelo contrário, elas enxugaram ainda mais suas medidas. E melhor: aquele acúmulo na região visceral observado entre as inativas não deu as caras nessa turma.

A hora certa de voltar a se mexer

Não dá, no entanto, para deixar a sala cirúrgica, calçar um tênis e já sair correndo pelas imediações do hospital. Em especial antes de tirar os pontos, o que demora cerca de 15 a 20 dias, o paciente só pode andar um pouquinho. Na sequência, são liberadas práticas leves e sem carga. Musculação geralmente é contraindicada nesse período. Apenas na sexta semana de recuperação é possível intensificar a movimentação.

De olho na intensidade

Quanto à quantidade de exercício, não se sabe ao certo qual o protocolo ideal para aplacar os efeitos adversos da lipoaspiração. No estudo da USP, eram três treinamentos aeróbicos associados a atividades de força por semana. Cada sessão durava de 60 a 90 minutos. Vale conversar com profissionais de saúde para descobrir a frequência perfeita caso a caso.

Alimentação em foco

Existem poucas evidências científicas sobre o impacto de um cardápio equilibrado em quem acabou de ter seus pneus sugados. Mesmo assim, acredita-se que passar por uma reeducação alimentar e restringir um pouco a ingestão de calorias ajuda a evitar o reganho de peso. A principal regra é ficar longe de dietas muito restritivas ou que banem determinado nutriente. Afinal, como elas nos privam de matéria-prima básica, aumentam a capacidade, já bastante potencializada pela lipo, de o organismo acumular gordura. E, aí, não há gênio da medicina capaz de transformar seu corpo em uma obra-prima.

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