Índice de massa corporal (IMC) alto não aumenta risco de infarto
Mas calma: a probabilidade de desenvolver diabete tipo 2 é maior para a turma com números mais elevados
Não é de hoje que a eficácia do famoso cálculo do índice de massa corporal (IMC) vem sendo questionada. E um estudo da Universidade de Umeå, na Suécia, deu mais um motivo para não confiar na fórmula como única medida de saúde e forma física ideal. Os pesquisadores analisaram 4 046 gêmeos idênticos durante 12 anos e, então, descobriram que os irmãos com IMC maior (o que indicaria sobrepeso ou obesidade) não apresentavam risco extra de ataque cardíaco. Por se tratar um trabalho com gêmeos, isso não pode ser atribuído a uma eventual genética favorável.
Agora, isso não quer dizer que o excesso de gordura corporal está isento de repercussões. Primeiro porque a fórmula do IMC é considerada simplista demais para definir se uma pessoa está ou não obesa. Para quem não conhece, ela consiste em dividir o peso (em quilos) pela a altura (em metros) ao quadrado — se o resultado ultrapassar 25, o indivíduo estaria rechonchudo demais. Acontece que essa conta ignora fatores essenciais, como sua porcentagem de massa muscular, o seu sexo e onde a gordura está localizada. Pois é: já se sabe que, quando ela se deposita no fundo do abdômen, é mais nociva do que se vai parar nas pernas, nos braços…
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Fora isso, o estudo revelou que um IMC maior foi, sim, associado a uma propensão para o diabete tipo 2. O importante, portanto, é não se deixar levar pela conclusão de uma simples conta e, se for o caso, buscar informações junto a um especialista.