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Gestante pode tomar vacina da gripe?

As mulheres grávidas não só podem como devem participar da campanha de vacinação contra o vírus influenza – saiba o que fazer

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 14 jan 2021, 12h39 - Publicado em 5 abr 2018, 14h05

A grávida deve tomar a vacina da gripe – ela inclusive tem direito à versão gratuita, que é oferecida na campanha do Ministério da Saúde. Ao se imunizar contra essa doença, a mãe protege tanto a si própria como ao bebê.

Benefícios da vacinação na mulher grávida

Os diversos subtipos do vírus influenza podem causar mais estragos na gestação. “Durante a pandemia de gripe em 2009, vi muitas grávidas com quadros sérios da doença”, reitera a infectologista Rosana Richtmann, do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo.

Nelas, é mais comum que, além dos sintomas clássicos (febre, coriza, dor, indisposição), surjam complicações como pneumonia e outras infecções respiratórias. Em situações extremas, isso chega a levar à morte.

“Há uma hipótese de que isso ocorra porque a flutuação hormonal piora a resposta imunológica da paciente a vírus e bactérias”, explica Rosana. A distribuição de líquidos pelo corpo, que se altera nos nove meses, também teria a ver com a maior severidade.

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Ao se vacinar, portanto, a futura mamãe evita a gripe e suas complicações. Não à toa, as últimas campanhas incluem as gestantes no grupo de risco, que tem direito à imunização gratuita.

Aliás, há um subtipo do vírus influenza – o H1N1 que seria especialmente danoso às grávidas. A boa notícia é que a vacina de 2018 foi produzida para também nos proteger contra ele.

E as vantagens para o bebê

Quando recebe sua dose do imunizante, a mãe diminui inclusive a probabilidade de parto prematuro, uma situação que coloca ela e o filho em risco. “A principal causa de prematuridade são as infecções em geral”, relata Rosana.

Claro que, aí, não estamos falando apenas da gripe. Mas o fato é que o processo inflamatório decorrente da invasão do vírus pode, sim, antecipar o parto.

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Além disso, os anticorpos produzidos pelo organismo da mãe a partir da vacinação passam para o feto através da placenta. Em outras palavras, a proteção contra a gripe vai se estender para o filho.

E por que isso é tão importante? Ora, antes dos 6 meses de vida, a criança não pode receber essa injeção. Logo, se a mãe não foi atrás de sua dose, o bebê fica suscetível às agressões do vírus influenza. Cabe ressaltar que o sistema imune do pequenino ainda é frágil nessa fase – se ele é infectado, corre maior risco de sofrer problemas graves.

“Até por isso, pedimos para que, dentro do possível, as pessoas que convivem com a criança também se vacinem”, reforça Rosana.

Veja: o imunizante não garante 100% de proteção, inclusive porque os diversos subtipos do vírus influenza estão sempre sofrendo mutações e circulando por lugares diferentes do planeta. Estima-se que 70% das pessoas que aplicam a dose de fato se resguardam contra esses inimigos da saúde.

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Assim, pedir para todo mundo que está ao redor da gestante ou da criança aplicar a vacina é uma ótima maneira de afastar qualquer chance de a gripe atingi-las. Quanto menos gente capaz de transmitir a doença na casa, melhor.

A vacinação é segura durante a gestação?

Certamente. Ao contrário da vacina da febre amarela, por exemplo, o vírus colocado na composição do imunizante para a gripe é inativado. Ou seja, não há qualquer risco de ele se espalhar pelo corpo e causar estragos.

Mas por que então algumas pessoas tomam a picada e, depois, relatam sintomas da infecção? Em primeiro lugar, o sistema imune demora dias para produzir os anticorpos – e pode ser que o sujeito tenha entrado em contato com o vírus no ambiente nesse meio termo. É por isso que os experts pedem para a população se proteger antes do inverno, a estação oficial da gripe.

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Segundo: como já dissemos, a eficácia da vacina é de 70%. Pode ser, portanto, que a dose não tenha surtido o efeito desejado.

De reações à vacina, é possível que o indivíduo apresente uma alergia local na pele. Entretanto, isso é raro.

Quando tomar

A rede pública disponibiliza na campanha a vacina trivalente – contra as cepas H1N1, H3N2 e do tipo B Yamagata. Já as clínicas particulares oferecem a versão quadrivalente, que também afasta o risco de infecção pelo tipo B Victoria. Seu custo varia entre 100 e 200 reais, mais ou menos.

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A injeção pode ser administrada em qualquer período da gestação. “Aliás, quem está amamentando e não se imunizou também deveria se vacinar”, completa Rosana.

E que fique claro: a vacinação é anual. Não adianta a mulher achar que, como se protegeu no ano passado, não deve se preocupar agora que está grávida. Como o vírus da gripe está sempre se modificando, as vacinas devem ser adaptadas anualmente.

Um recado final: o bebê pode se vacinar a partir dos 6 meses de vida, se o médico achar conveniente. Só cabe ressaltar que, na primeira vez que uma criança menor de 9 anos receber a picada contra a gripe, será necessária uma dose de reforço.

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