Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Imagem Blog

Guenta, Coração Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO

Por Blog
Médicos, nutricionistas e outros profissionais da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) explicam as novas (e clássicas) medidas para resguardar o peito
Continua após publicidade

Estatinas são, sim, eficazes para reduzir o colesterol

O remédio em questão conseguiu baixar essas taxas em pesquisas robustas. A questão é como usá-lo devidamente

Por Dr. Ibraim Masciarelli Pinto*
24 jan 2017, 11h32

Estudos científicos enormes demonstraram que pessoas com colesterol elevado, em especial o LDL — a versão ruim — têm chance muito maior de apresentar infarto e derrame do que aquelas com níveis normais. Claro que outras condições também podem levar ao infarto (diabete, hipertensão, obesidade…), mas o tratamento do colesterol tem impacto direto e importante na diminuição de doenças cardiovasculares.

Leia também: Colesterol, tem que baixar mais?

Um dos medicamentos mais eficazes nesse sentido são as estatinas, que agem no metabolismo do colesterol no interior do nosso organismo e cuja eficácia é comprovada. A despeito do grande número de evidências disponíveis na literatura médica, porém, é comum surgirem rumores, na maior parte das vezes sem base científica ou apoiados apenas em suposições, que questionam o uso e a indicação dessa classe de drogas.

Para dirimir quaisquer dúvidas, foi publicado um importante conteúdo, no final de 2016, na respeitada revista científica The Lancet. Os pesquisadores analisaram, de modo cuidadoso e crítico, grande número de estudos, englobando dezenas de milhares de pacientes.

O trabalho demonstrou que estatinas, quando usadas para tratar pacientes com colesterol elevado ou que já tenham placas de gordura nas artérias, diminuem significativamente as taxas de infarto e morte provocada por problemas cardiovasculares. Isso deixa claro que essa classe de remédios é fundamental na estratégia de queda da mortalidade por doenças do coração no mundo todo.

Continua após a publicidade

Os efeitos colaterais, que podem incluir desde dores musculares até outros mais sérios, existem — e os profissionais que prescrevem o medicamento devem estar atentos a eles. Mas o benefício trazido supera em muito o risco potencial que o tratamento apresenta.

Desde que prescritos de modo correto, esses agentes são eficientes e seguros, podendo prevenir infartos, acidentes vasculares e óbitos.

Trata-se de um assunto relevante para a saúde pública do nosso país. Segundo estatísticas do próprio Ministério da Saúde, cerca de 40% dos brasileiros têm colesterol alto. Para o Brasil, portanto, é importante que os tratamentos destinados a reduzir esses índices sejam eficazes e estejam ao alcance da população.

Nesse contexto, as estatinas, apesar de toda a polêmica em torno de sua administração nos últimos anos, continuam sendo eficientes e com preço razoavelmente acessível. Aliás, muitas vezes estão disponíveis na cesta básica de medicamentos de alguns estados. Esse é um fator relevante, considerando que, não raro, o fármaco é de uso contínuo.

Continua após a publicidade

Leia também: Novo remédio para colesterol reduz placa nos vasos

O que não dá é, sob a alegação de termos uma opção como essa, esquecermos dos hábitos saudáveis. É crucial abandonar o hábito de fumar, controlar a pressão arterial e a glicemia, equilibrar a dieta e fazer exercícios físicos. Esses também são fatores decisivos para manter o colesterol domado.

Evite ficar apenas na dependência dos tratamentos médicos. Não há remédio mais eficiente do que uma atitude correta com o nosso organismo quanto a hábitos cotidianos balanceados! Entretanto, quando necessário, o uso correto de medicamentos pode ser o fator que salvará a sua vida. Não abdique dessa possibilidade.

*Ibraim Masciarelli Pinto é cardiologista e presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

A saúde está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por VEJA SAÚDE.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.