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Placa bacteriana, o que ela apronta nos dentes

O acúmulo de restos de alimentos e micro-organismos está por trás do tártaro e de diversos problemas dentais — de cárie a gengivite

Por Dra. Luciana Scaff Vianna, periodontista*
Atualizado em 14 dez 2018, 18h05 - Publicado em 26 jun 2018, 19h27

Apesar de toda a evolução na odontologia, ainda temos uma grande prevalência de cárie e doença periodontal (gengivite e periodontite), condições que podem acarretar até mesmo a perda dos dentes. Soa alarmante que esses problemas ainda atinjam uma parcela expressiva da nossa população. Uma das maiores vilãs nesse contexto é a placa bacteriana, também chamada pelos profissionais de biofilme. Ela é composta de células em descamação, bactérias, células de defesa e restos de alimentos.

A presença da placa está entre as principais causas da cárie. Ao fermentar substâncias como os hidratos de carbono, as bactérias produzem ácidos que atacam o esmalte dos dentes, desmineralizando sua superfície e deixando-os suscetíveis ao problema.

Não é por menos que defendemos que a prevenção da cárie depende de cuidados básicos de higiene bucal, com a escovação e o fio dental, o que permite a remoção diária da placa bacteriana.

No caso da cárie, outro fator de risco tem a ver com a alimentação. Nesse sentido, sugerimos evitar a alta ingestão de açúcar, refrigerantes e bebidas ácidas.

Tártaro e outros perrengues

Outro mal que tem ligação direta com a placa bacteriana é a doença periodontal. Ela pode começar com uma inflamação leve na gengiva, a gengivite. E, nesse estágio, é facilmente tratada com a remoção da placa aderida ao dente.

No entanto, se nenhuma providência for tomada, a placa bacteriana sofre a ação dos íons de cálcio e se calcifica, tornando-se dura. É aí que surge o tártaro (ou cálculo dental).

Alguns fatores coadjuvantes colaboram para o quadro se agravar, resultando na periodontite, situação em que a inflamação afeta o tecido que dá suporte aos dentes. Entre eles temos o diabetes, a má oclusão ou mau posicionamento dos dentes e deficiências imunológicas. A periodontite é capaz de evoluir e levar à perda dos dentes.

Nas pessoas mais jovens, o tipo de placa bacteriana e o pH da cavidade oral costumam ser diferentes em relação aos dos adultos e idosos. Nos mais novos, as colônias de bactérias que povoam o meio bucal propiciam principalmente a cárie. Após a fase adulta, porém, a doença periodontal fica mais frequente.

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Prevenção é o melhor tratamento

Tanto para cárie como para doenças periodontais a prevenção é sempre o melhor caminho. A remoção mecânica da placa diariamente com o uso da escova de cerda macia e da pasta com flúor, além do fio dental, representa a chave do sucesso.  O auxílio com acessórios como escovas interdentais e bochechos (quando indicados pelo profissional) também pode ser útil.

Devemos ter em mente que o cirurgião-dentista está apto a orientar a higiene caso a caso e é o profissional capaz de diagnosticar precocemente a instalação desses problemas bucais.

Depois que se desenvolve, a doença periodontal, assim como a cárie, requer um tratamento por vezes sofisticado, tornando-se mais complexo à medida que o quadro se agrava. Nesse caso é fundamental a avaliação de um periodontista, o especialista nessa área. O exame clínico com sondagem e testes radiográficos são feitos para certificar-se do diagnóstico e nortear o plano de tratamento.

Lembre-se: a gengiva não deve sangrar. O dente, por sua vez, não deve doer nem apresentar alguma mobilidade. Esses são sinais de que alguma coisa não vai bem. Daí a necessidade de fazer um controle periódico nas visitas regulares ao dentista. É a maneira mais segura de garantir que a placa bacteriana não crie nenhum tipo de problema.

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* Dra. Luciana Scaff Vianna, cirurgiã-dentista e membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp)

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