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Máscaras cirúrgicas: proteção ou exagero?

Médico explica quando faz sentido recorrer a esses itens para se proteger de infecções, poluição e afins — dúvida frequente em tempos de coronavírus

Por Dr. Elie Fiss, pneumologista*
Atualizado em 9 abr 2020, 19h05 - Publicado em 20 fev 2020, 16h33

Após o surto do novo coronavírus (Covid-19) a partir da China, as máscaras cirúrgicas descartáveis ficaram ainda mais em evidência em todo o mundo — principalmente, claro, nos mais de dez países onde o vírus foi detectado. Mesmo antes de o primeiro caso ser confirmado no Brasil, o artigo ganhou as ruas por aqui.

De uma maneira geral, o uso de máscaras para prevenir infecções e problemas pulmonares pode ser positivo. E, quando de fato é necessário, deve ser mantido. A exemplo do que foi visto recentemente nas regiões de Raposos e Sabará, no estado de Minas Gerais. Após fortes chuvas que causaram alagamento e motivaram o desalojamento de diversas famílias, funcionários municipais utilizaram máscaras contra a poluição e o aumento de partículas de poeira em decorrência do solo enlameado. Certo! Proteção para os pulmões.

Mas, quando falamos em doenças infecciosas e epidemias, sabe-se que o uso dessas máscaras só é recomendado para indivíduos que já estão doentes e não querem/devem transmitir infeções para outras pessoas. Entre as condições mais comuns, entram todos os tipos de micro-organismos que contaminam vias aéreas e pulmões, como adenovírus — causadores de resfriado, bronquite, pneumonia e conjuntivite, esta quando atinge os olhos — e o influenza, que provoca a gripe.

Tais máscaras cirúrgicas padrão são confeccionadas, sobretudo, para garantir o bloqueio de partículas e gotículas. Quando há infecção, acredita-se que as pequenas gotas não podem ser filtradas pelo item de proteção. Por serem descartáveis, ou seja, haver prazo de validade, passar um dia inteiro com uma, cuja superfície ficará infectada, pode trazer risco de contaminação para outras pessoas que estiverem ao redor.

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Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prioriza várias outras medidas de segurança para conter surtos e situações do gênero. Entre as estratégias mais eficazes estão lavar as mãos com frequência, evitar levar mãos sujas à boca ou ao nariz, usar e descartar tecidos quando espirrar ou tossir e manter uma distância de ao menos um metro de outras pessoas.

E, no Carnaval, o recado é: máscaras cirúrgicas apenas se estiver doente e por tempo limitado.

* Dr. Elie Fiss é médico pneumologista, pesquisador sênior do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e professor da Faculdade de Medicina do ABC

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