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Saiba se você pode ou não levar seu cachorro na praia

As férias estão chegando e muitas famílias vão viajar com seus companheiros. Mas levar seu cachorro para a praia pode não ser bom para a saúde dele. Conheça os motivos e os cuidados para incluir seu amigo no passeio sem prejudicá-lo

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 out 2016, 20h48 - Publicado em 21 nov 2013, 22h00

Leve seu cachorro para a praia, mas limite o passei ao calçadão
Foto: Getty Images

Com a chegada do calor, as famílias brasileiras começam a se preparar para curtir um dos seus passeios preferidos: a praia. E na lista dos convidados é claro que o fiel amigo de todos estará sempre presente – nosso cão. Mas o que tem de ruim nesta aparentemente inofensiva companhia?

Pois bem, o que muitos não sabem é que a praia esconde grandes riscos para a saúde de nossos amigos. E não precisa ir muito longe nos pensamentos para já imaginar o porquê: muita areia, água, sol e calor, muito calor. Um prato cheio para aparecimento de lesões de pele que no sol fica avermelhada e junto, aquela coceira.

Sem falar nos locais em que a umidade fica mais abafada, como os ouvidos. O conduto auditivo dos cachorros parece com um túnel e dentro dele a umidade fica presa e abafada, principalmente nas raças com orelhas pendulares como o Cocker Spaniel, Golden, Labrador, dentre outras.

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E se o cachorro der entrar no mar então , nem se fale! A água do mar dentro do conduto auditivo, com areia e calor será o ambiente ideal para  o crescimento de microrganismos como bactérias e fungos que provocam a otite (inflamação dos ouvidos). Conjuntivites também podem aparecer devido a abrasividade da areia e a ação dos raios solares em conjunto com a umidade. O resultado: olhos vermelhos, lacrimejantes e, de novo, muita coceira!

O animal estará exposto ainda a diferentes verminoses em função de outros animais não vermifugados que possam ter passado pela areia e sem contar que se não estiver corretamente medicado poderá retransmitir doenças ás pessoas que ali transitam. A mais frequente  trata-se do “bicho geográfico” , tão comum no litoral e que é transmitida devido ao contato na areia com fezes de cães contaminados pelo ancylostoma (um verme canino). Em contato com a pele do homem as suas larvas acabam migrando e formando verdadeiros caminhos, por isto o nome popular de “bicho geográfico”. 

Com tantos entraves isto quer dizer então que é melhor meu cachorro ficar em um hotel longe da família durante o tão sonhado passeio praiano? Não exatamente. Ele pode sim viajar com toda a família, pode passear pelo calçadão da praia na coleira , com os seus donos sempre recolhendo suas fezes de maneira adequada. Será uma passeio divertido e seguro, longe da areia e da água do mar, que podem ser tão incômodas para eles! 

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O uso de protetor solar próprio para cães também é bem vindo e uma medicação especial deve ser administrada um mês antes da viagem e repetida 30 dias após para prevenção da Dirofilariose (uma doença que acomete o coração dos cães comumente transmitida na praia e em locais com pernilongos, próximos a rios).

A vermifugação e vacinação devem estar em dia.  E não se esqueça: separe um local fresco, sombreado e arejado na casa, com acesso a água abundante e fresca. Certamente você será recompensado com lambidas exageradas de agradecimento! E lembre-se: separe um tempinho para curtir seu amigo no litoral com brincadeiras e passeios longe da areia e da água do mar! Ele certamente vai ficar encantando com a sua companhia! E com muita saúde!

 

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Saiba se você pode ou não levar seu cachorro na praia Dr. Mário Marcondes é diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.
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