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Pare de esquecer a pílula

Pesquisa mundial aponta que brasileiras são as mais relapsas na hora de tomar o anticoncepcional

Por Karolina Bergamo
Atualizado em 28 set 2017, 11h53 - Publicado em 27 set 2016, 17h26

A pílula anticoncepcional foi uma baita conquista feminina. Há 50 anos, a mulher mal podia escolher quando (ou se) queria ter filhos. Os direitos das mulheres ainda estão longe de serem plenos, mas, de lá pra cá, já ocorreram melhoras em inúmeros aspectos, inclusive na saúde.

“A pílula talvez tenha sido um dos grandes avanços da medicina moderna, mas só é eficaz quando usada corretamente”, alertou o ginecologista Agnaldo Lopes Silva Filho, da Universidade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), durante evento ocorrido hoje, em São Paulo.

E uma pesquisa divulgada na ocasião traz dados inéditos sobre a forma de uso dos anticoncepcionais e seus impactos no dia a dia. Realizada pela farmacêutica Bayer, a investigação “Millennials e Contracepção – Por que nos esquecemos?” contou com a participação de 4 500 mulheres de nove países, com idades entre 21 e 29 anos, que são usuárias de pílulas anticoncepcionais. No Brasil, a pesquisa teve o apoio do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Os resultados, assim como o remédio, não devem ser esquecidos: 58% das entrevistadas daqui negligenciam o anticoncepcional — a média global ficou em torno de 39%. A maioria (32%) disse que isso ocorre porque não toma a medicação sempre no mesmo horário – para ter ideia, seis em cada dez brasileiras não têm esse costume, e 40% delas não acham que ele seja necessário.

Acontece que, dependendo da dosagem e dos hormônios presentes no comprimido, tomá-lo todo santo dia e no horário certo é imprescindível. “Se for composto apenas do hormônio progesterona, por exemplo, o rigor com o horário precisa ser ainda maior, porque ele não atua no bloqueio da ovulação”, explicou a ginecologista Marta Finotti, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás.

E o estado mental também influencia no desleixo com o comprimido. De acordo com o estudo, 64% das mulheres são mais propensas a esquecer da pílula quando estão preocupadas. Não à toa, o foco da pesquisa é a geração conhecida como millenial, que tem entre 20 e 35 anos.

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Uma das principais características dessa turma é justamente ser multitarefa – ou seja, são mulheres que lidam com vários assuntos e compromissos ao mesmo tempo. Só que isso costuma funcionar como gatilho para o estresse dar as caras. Aí, uma coisa leva à outra: o estresse bagunça a rotina e o anticoncepcional fica parado na cartela. Para uma gestação indesejada ocorrer, a distância é curta. “E a gravidez não planejada é a segunda maior causa de mortalidade no mundo. Só perde para acidentes”, alertou Marta.

Veja, abaixo, mais alguns dados reveladores da pesquisa:

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