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Leia para seu filho: esse hábito estreita os laços familiares

Você costuma ler para os seus filhos? Saiba que fazer isto também ajuda no desenvolvimento pedagógico e psicológico da criança

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 22 out 2016, 18h56 - Publicado em 28 abr 2011, 22h00

Ler deve ser algo prazeroso: é por meio dessas atividades, e do contato com o imaginário e com a ficção, que as crianças descobrem sentimentos que não conheciam
Foto: Dreamstime

Você sabia que “Era uma vez” é o começo de uma história que pode fazer toda a diferença no desenvolvimento infantil? Quando papai e mamãe – professores e até irmãos mais velhos – se sentam com os pequenos para ler um livro ou contar uma historinha, mais do que um mundo encantado de fantasia, eles estão descortinando uma verdadeira experiência de aprendizado. Para completar, essa aula ainda pode ser transformada em momento de intimidade e amor familiar que, muitas vezes, se perde em meio ao caos do dia a dia. Mas, como toda brincadeira de criança, a “contação de histórias” é coisa séria.

Ao lado de bonecas e carrinhos, ela funciona como um mediador da relação entre a meninada, os adultos e o mundo. E, apesar da sua importância pedagógica e psicológica, deve ser mantida sempre no campo da arte, e não no do exame, como é comum acontecer na escola. A atividade deve ser lúdica e divertida, sem imposições, cobranças, tarefas ou castigos. “Tudo o que é feito com e para as crianças precisa ser envolvente e realizado com afeto”, diz Christine Fontelles, responsável pelo Programa Ler é Preciso, do Instituto Ecofuturo. Não há motivos, então, para ser diferente com as histórias.

Contar e ler um relato deve ser algo prazeroso. É por meio dessas atividades, e do contato com o imaginário e com a ficção, que meninos e meninas descobrem e expressam sentimentos que não conheciam ou ainda não eram capazes de compreender. “Devido ao próprio estágio de desenvolvimento, as crianças não possuem muitos recursos para administrar esse lado emocional”, conta a psiquiatra Marisol Montero Sendin, de São Paulo. Como a linguagem verbal ainda é incipiente, a forma natural de expressão são a imagem, o jogo e o faz de conta. “Na falta de outras possibilidades, a dificuldade de lidar com as emoções se manifestará por meio da agressividade, problemas de aprendizado, de sono ou alimentares”, diz Marisol. Enquanto os personagens enfrentam coisas estranhas, a garotada tem contato com o medo, o ciúme e o luto. Em um diálogo interno, adquirem conceitos e vivenciam experiências valiosas. Cada conto que a criança conta contribui para a construção de um autorretrato para o qual ela pode olhar, pensar e mudar.

Como uma esponja, a criança tende a absorver tudo que os adultos ao seu redor fazem. É assim que ela aprende, por imitação e repetição. Portanto, se os pais leem, as chances de os filhos se tornarem leitores é enorme. .

Fases da leitura

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· O bebê apenas responde ao ritmo e ao tom da voz do leitor. Frases ritmadas, como cantigas e poemas, dão o estímulo certo.

· Quando a criança já balbucia, jogos rítmicos sonoros são perfeitos. Experimente frases como “janela, janelinha, porta e companhia”.

· Se ela já fala algumas palavras e mantém a atenção por mais tempo, conte histórias ligadas às experiências dela. Depois, entram em cena relatos com fenômenos naturais e bichos.

· Mais para a frente, temas como medo, ciúme, raiva, amor e amizade são bem-vindos.

· Com a ampliação de seus horizontes, histórias fantásticas, de outros países e planetas passam a gerar mais curiosidade.

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Como contar um conto

· O livro deve ser usado conforme a necessidade de desenvolvimento da criança. Para cada fase, um modelo diferente: para morder, para mexer, para olhar, para ver as figuras e, claro, para ler.

· A “contação” pode ocorrer em casa, na creche, na escola, no hospital, na faculdade, em encontros literários. Ela faz parte da nossa natureza.

· Guardar os livros junto com os brinquedos e deixá-los ao alcance das crianças não cria obstáculos nem transforma a literatura em algo sério e chato.

· Inventar histórias, mudar os finais, cortar e colar figuras, montar cenários, encenar, moldar massinha e desenhar também é divertido. Crie o seu próprio livro.
 

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