Estilo de vida saudável também se aprende na escola
Palestras, workshops e venda de produtos balanceados nas cantinas podem deter o excesso de peso
A escola não é só lugar de aprender matemática, português, geografia… Aproveitar esse ambiente para falar sobre estilo de vida saudável faz a maior diferença para os pequenos. E a iniciativa pode custar bem pouco, como demonstra um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Os experts escolheram quatro escolas públicas da cidade de Feliz e contaram com a participação de estudantes de 5 a 16 anos de idade. No início, não foram identificadas diferenças significativas no índice de massa corporal (IMC) da molecada.
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Durante nove meses, duas escolas seguiram seus currículos normais, enquanto as outras receberam orientações sobre a importância de mudanças de hábito na escola e em casa. Para isso, foram realizados seminários e workshops sobre atividades físicas e comportamentos alimentares saudáveis. Palestras sobre bullying também foram incluídas após as crianças relatarem insatisfação com a imagem corporal e situações de preconceito. Mais: alguns deveres de casa deviam ser feitos com a ajuda dos pais. E as escolas também passaram a vender alimentos saudáveis nas cantinas.
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Após o período de intervenção, os especialistas viram que o IMC médio aumentou nos colégios que não passaram por nenhum tipo de mudança. Já os alunos que participaram das atividades propostas por nutricionistas, psicólogos e enfermeiros mantiveram a mesma relação entre o peso e a altura. E olha que bacana: houve um aumento significativo no consumo de frutas e na prática de atividades físicas. E isso sem um investimento milionário. Os pesquisadores estimam que o preço dessa iniciativa fica em torno de 70 centavos por estudante.