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Emagreça com suco de uva

Estudo brasileiro mostra que tomar dois copos por dia turbina a queima de calorias e favorece a perda de barriga

Por Thaís Manarini
Atualizado em 6 nov 2018, 11h20 - Publicado em 13 jul 2015, 19h49

Poções mágicas para emagrecer não existem. Mesmo. Mas pode ser que você fique tentado a encarar o suco de uva dessa maneira depois de conhecer os resultados de uma pesquisa realizada recentemente no sul do país.

No trabalho, assinado pela biomédica Caroline Dani e a bioquímica Cláudia Funchal, ambas do Centro Universitário Metodista, em Porto Alegre, 40 pessoas acima de 60 anos – algumas com sobrepeso –  foram orientadas a consumir, todos os dias, 400 mililitros de suco de uva. Nada sobre-humano: um copo no almoço e outro no jantar. Em apenas um mês, as pesquisadoras notaram o efeito dessa atitude na balança. “Os voluntários emagreceram, em média, 3 quilos. Um deles chegou a perder 5 quilos”, revela Caroline.

Mas como ela sabe que foi mesmo a inclusão do suco o que fez diferença no processo de emagrecimento? Afinal, as pessoas podiam ter cortado o refrigerante, os doces e as frituras e suado à beça na esteira. “Isso não aconteceu. Inclusive, pedimos aos participantes que não alterassem sua dieta nem a frequência dos exercícios físicos”, esclarece a biomédica.

Ciência por trás do trunfo

A uva é um alimento de composição bem especial, parecida com a das poderosas berries americanas. “No Brasil, que não produz a cranberry e o mirtilo, por exemplo, ela é provavelmente a fruta com o maior teor de polifenóis a nossa disposição”, avalia a farmacêutica e bioquímica Mirian Salvador, da Universidade de Caxias do Sul (UCS).

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É justamente nesses compostos antioxidantes que estudiosos como Caroline Dani apostam as fichas quando o sumo da uva brilha no laboratório. “Essas substâncias têm a capacidade de impedir o acúmulo de gordura no organismo”, afirma. “Também são termogênicas”, completa.

Isso significa que, uma vez dentro do corpo, elas dão um gás no metabolismo, acelerando a queima das calorias. Não para por aí: os benditos polifenóis incitam a sensação de saciedade e, assim, evitariam ataques de gula. O interessante é que, para ter acesso a eles, o melhor mesmo é preferir a bebida em vez da fruta. “No suco, há maior concentração desses antioxidantes. Ao comer a uva, muito do que ingerimos é a polpa, que não é tão rica nos polifenóis”, justifica o biomédico Gildo Almeida da Silva, pesquisador da Embrapa uva e vinho.

A melhor parte é que o suco do experimento gaúcho, cheio de antioxidante, é encontrado no supermercado. Mas precisa ser de verdade, isto é, sem conservantes, corantes e um monte de água – como os néctares e refrescos que abundam por aí.

Quando os voluntários da pesquisa de Porto Alegre passaram a comprar essa bebida 100% natural, mais importante que a quantidade de quilos eliminados foi a diminuição de tecido adiposo em uma região crítica para a saúde: o abdômen. “Sabemos que um dos fatores de risco cardiovascular, sobretudo entre os homens, é a tal da gordura abdominal”, lembra Caroline, que chegou a identificar uma redução aproximada de 10% na circunferência de alguns participantes. Só não vá confundir as bolas. Ninguém está dizendo que indivíduos obesos ficaram esbeltos se outros hábitos saudáveis não forem incorporados.

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De olho no exagero

Deu vontade de trocar até água por suco de uva? Resista, por favor. “Ele tem bastante carboidrato”, aponta Mirian. Logo, o exagero pode atrapalhar a perda de peso – um exemplo perfeito que a diferença entre o remédio e o veneno é a dose. Outro grupo que precisa ter cautela é o dos diabéticos, porque os sucos são ricos no açúcar da fruta e pobres em fibras.

A combinação dispara a glicose no sangue rápido demais. Para evitar a enrascada, a solução é convocar o suco como acompanhamento de uma refeição ou um lanche. Poções miraculosas, só em contos de fadas. Mas, com os devidos cuidados, essa pode ser a bebida dos sonhos de um coração saudável e um corpo em forma.

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